HISTÓRICO DO MACHÃDÃO
O Machadão além de ser um cartão postal da capital, deve ser analisado a luta que muitos natalenses O Machadão além de ser um cartão postal da capital, deve ser analisado a luta que muitos natalenses enfrentaram para sua concretização, assim vejamos o depoimento prestado por Moacir Gomes, arquiteto do estádio, publicado no Diário de Natal, edição do 4 de junho de 2002: Uma obra construída com o esforço de muito desportistas de Natal. Foi assim que depois de mais de 10 anos de luta o sonho de se ter um grande estádio na capital do Rio Grande do Norte tornou-se real. Em 1956, quando o arquiteto recém-formado Moacir Gomes retornou do Rio de Janeiro para Natal, um grupo de amigos amantes do esporte encabeçado pelo arquiteto, por João Cláudio Machado e Humberto Nesi juntou-se e foi até o gabinete do então governador do Estado, Silvio Pedroza, para pleitear um terreno para a construção do estádio de futebol.“NATAL já estava crescendo e precisava de um estádio. Não podia mais viver em função do velho Juvenal Lamartine”, explicou Moacir Gomes. O Terreno, localizado na praia do Forte, onde hoje fica o Circuito Militar, foi doado para a Federação Norte-Rio-Grandende de Desportos (FND). O governador viabilizou recursos para a concepção do projeto do estádio na praia do Forte, mas os entraves políticos não permitiram a continuidade. Silvio Pedroza não foi reeleito e o início (fez seu sucessor) e o início da construção do estádio teve que ser adiado.Três anos se passaram da primeira tentativa de conseguir convencer ao governo do Estado construir um estádio em Natal. Em 1969, esse mesmo grupo de amigos se reuniu e, desta vez, foram até o governador Dinarte Mariz. Dinarte Mariz doou o terreno, mas também não foi reeleito, estacionando o sonho da construção do estádio.OS desportistas recorreram ao estão prefeito de Natal, Djalma Maranhão. “Ele era um desportista conhecido e topou. Cercou o terreno, usou um trator para nivelar o terreno e fez um barracão de alvenaria. Mas aí veio a revolução e Djalma foi exilado para o Uruguai. Mas já havia deixado a terraplanagem feita”. O grupo não desistiu. Agnelo Alves assumiu a prefeitura de Natal e mais uma vez estava lá o grupo de amigos “Fomos a Agnelo. Ele arregaçou as mangas e disse: Vamos fazer o estádio. Aí começou a correria”, revelou.
ENTUSIASMO
De acordo com Moacir, a obra começou em janeiro de 1967 movida pelo desejo de ver o estádio construído. “As condições eram mínimas. Trabalhávamos-nos em um barracão com muita poeira areia. Mas todo mundo vivia aquele entusiasmo. Todos os desportistas de Natal participavam”, lembrou.A prefeitura foi ocupada por Ubiratan Galvão que deu continuidade à obra. Sete meses depois, uma crise política afastou Galvão do Cargo de prefeito de Natal. Assumiu então Jorge Ivan Cascudo. “Ele deu seguimento à obra com a ajuda do governador Cortez Pereira”, relatou. A partir daí a obra foi terceirizada. A empresa Ecocil e a Enac, da Paraíba, se responsabilizaram pela obra.A obra não andava. Moacir foi ao Rio de Janeiro, com uma carta de apresentação redigida por João Machado, falar com o presidente da então Confederação Brasileira de Desportos (CBF), João Havelange. “A CBF não dinheiro para a continuação da obra”. Mas tomou uma atitude que causou a conclusão do estádio”, disse. “JOÃO HAVELANGE afirmou que, em nome da CBF estaria colocando Natal nas chaves eliminatórias da mini copa do Mundo do próximo ano”. “Aquilo foi uma bomba. O governador e o prefeito deram um jeito e terminam o estádio que foi inaugurado no dia 4 de junho de 1972, com a denominação de Marechal Humberto Castelo Branco (CASTELÃO) e modificado através da Lei de uma lei municipal datada de 23 de junho de 1989, sancionada pela então prefeita de Natal, Vilma Maria de Faria que passou a chamar-se Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machadado – o MACHDÃO. A mudança de nome surgiu a partir de um projeto do vereador MARCÍLIO CARRILHO, projeto aprovado na Câmara Municipal com 14 votos favoráveis e apenas um voto contrário.
PROJETO ARQUITETÔNICO
O projeto arquitetônico do estádio João Machado, o Machadão, foi fruto de uma tese de conclusão de curso. Um projeto ousado e de grande complexidade elaborado pelo arquiteto Moacir Gomes. Fascinado por esportes, o então estudante de arquitetura da UFRJ acompanhou passo a passo a construção do maior estádio do mundo, o Maracanã. Um templo do futebol
PATRONO DO MACHADÃO
JOÃO CLÁUDIO VASCONCELOS MACHADO, natural de Natal, nascido a 11 de julho de 1914 e faleceu em sua terra natal, no dia 20 de fevereiro de 1976. Um dos nomes mais populares da era do rádio natalense, com seu programa esportivo “O Corruchiado’, João Machado aliava a essa atividade, empregos burocráticos e uma forte inclinação para a boêmia”.
FONTE: ww. oestenews-natal.blogspot.com/
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